segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Carnaval dos horrores...

Gente eu não sou fã de carnaval e não tenho problema nenhum em assumir isso.
Acho uma grandessíssima perda de tempo e de dinheiro, principalmente para a industria que acaba parada nesses dias, mas aceito calada, já que sou voto vencido contra os milhões de brasileiros que amam o carnaval.
A questão é que parece que quanto menos a gente gosta de uma coisa, mais ela persegue a gente.
Já tem uma semana que o lugar onde moro está em festa por causa do carnaval e todos os dias está tendo um show diferente. Bandinhas locais, coisa de interior do nordeste, com muito forró, axé, arroxa e outros gêneros.
Até aí, ok! eu moro a mais de 4 quilômetros de onde está montado o palco. Seria tranquilo, se eles não exagerassem tanto no som, que é tão alto, que parece que tem um trio elétrico passando na minha sala. E pra ajudar, essas casas antigas tremem horrores com o som do grave das caixas.
Agora, imaginem os ouvidos de quem está lá, na festa propriamente dita?
Pior que nem adianta reclamar ou ligar para a policia, já que ela faz o apoio da festa e se não mandou abaixar o som, mesmo tendo que ficar com os ouvidos praticamente colado nas caixas, imagina se vão ouvir o rádio da patrulha pra pedir que diminuam a intensidade... haha.
A coisa aqui é de doer!! Ainda se as bandas locais fossem boas, a gente dava um jeito de aceitar e continuar a vida, mesmo indo dormir as 4 horas da manhã com o barulho da festa e tendo que acordar as 7 hs com a vizinha surtada com as marchinhas, logo cedo. É pra minar qualquer bom humor que eu já não tenho!
Eu que gosto de silêncio, de paz, de música clássica baixinha...
Estou sofrendo!!!
E nem adianta reclamar, aqui é Bahia, a terra da alegria! Pena que eu não combino nem um pouco com o estado de espirito dessa terra que é linda, mas muito barulhenta.
Aqui tem até racha de som. Não sabe o que é isso? Agradeça! Põe teu joelho no chão e agradeça por não ter que saber.  Hoje mesmo é dia... Como não vai haver banda, eles colocam os carros de som na praça do mercado e ligam seus paredões no ultimo volume. Pra se ter uma ideia do tamanho dos monstros de som, eles não cabem nos carros em que são instalados e são então colocados em reboques imensos. Eu, que não entendo nada de som automotivo, acho que aquilo se parece com os equipamentos super altos de som das baladas que eu frequentava quando era mais nova e que não suportava ficar meia hora, sem ter que sair pra dar refresco aos ouvidos.
Imagina um lugar pequeno com 15/20 carros de som ligados ao mesmo tempo, com diversas musicas, de todos os estilos (a sofrência nessa hora reina absoluta, tanto nos carros como em mim e eu sofro, sofro de verdade com essa porcaria), e quando eles percebem que chegou um maior e mais potente, acabam migrando para outras praças do distrito e adivinhem? Tem uma na frente de casa, claro!
Bom...
O jeito é pegar o filhote e ir dar uma volta em qualquer lugar bem longe do alvoroço que estará esse lugar hoje e rezar pra quando chegar não terem transformado a frente da minha casa em penico publico, que aliás é o segundo maior problema aqui nessa época, e olha que a prefeitura até manda instalar banheiros químicos.
Vamos torcer para que eu sobreviva aos próximos 15 dias de agito que toma conta da região. Agora deixa eu me apressar pra sumir logo daqui, antes que eu acabe enlouquecendo de vez!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário