domingo, 23 de julho de 2017

Morfina

Olá queridas (os)
Faz bastante tempo que eu não venho por aqui, mas hoje tirei o dia pra dar uma atualizada.

Há algum tempo eu tinha dito que parei de tomar a medicação prescrita pra fibro, pois ela estava me fazendo mais mal do que bem, e com isso a minha qualidade de vida tinha ido pro ralo.
Quando parei com a pregabalina, velija e a ciclobenzaprina achei que as dores iriam piorar muito, que eu não ia aguentar e que as coisas iam ser feias. E nos primeiros dias eu realmente sofri bastante (principalmente por causa da síndrome da abstinência, pois parei com eles de uma vez só), mas depois de uns 15 dias mais ou menos, aguentando firme e com o propósito de não tomar mais nada, eu percebi que a dor que eu sentia era a mesma que sentia com os remédios. Só que com os remédios eu tinha dores de cabeça, náusea, dores de estomago, muita sonolência e sensibilidade à luz. Além de não sentir vontade de sair do quarto e conversar com ninguém.
Pois bem, depois que parei com a medicação, muita coisa melhorou, muita coisa mudou e eu comecei a duvidar da eficacia dessas drogas que enfiam na gente.
Nessa época eu procurei a médica do posto perto de casa e pedi que ela prescrevesse um remédio que me ajudasse a aliviar dores fortes e que eu pudesse tomar só quando a dor estivesse fora de controle. O que ela prescreveu foi a codeína associada com o paracetamol. Já nas primeiras vezes que tomei, percebi que não fazia efeito nenhum, e a vontade de ir pro PS tomar a dolantina era gigante.
Continuei tomando quando as dores apertavam, mas sem sucesso. O que eu fazia era me enfiar debaixo do chuveiro e ficar quietinha lá, deixando a água quente cair, pra aliviar um pouco e cama quente.
Depois de um tempo a médica resolveu tentar a morfina, afinal, segundo ela, seria mais forte e com certeza teria resultado.
Comprei a morfina, uma caixinha com 50 unidades, que me custou R$33,00 (10MG) e quando a dor apertou tomei. Puta que me pariu! Como passei mal! Muita náusea, muita sensibilidade a luz, vertigem e coceira. Parecia que eu estava com sarna, de tanto que coçava. Mal conseguia ficar de olhos abertos e para quem mora sozinha com uma criança de 6 anos isso é terrível.
Mas como dizia minha avó, o que não tem remédio, remediado está!
E continuei tomando, pois senti algum alivio das dores (apesar de não ter tirado toda dor, aliviou um pouco). Depois de dois dias tomando a morfina, os efeitos colaterais começaram a diminuir, ficando só a coceira sem fim. Tomei por 5 dias, enquanto estava com muita dor. Foram cinco dias de sofrimento sem limites, tendo que aguentar a dor e cuidar do meu filho, que sempre muito compreensivo me ajudava no que podia. Passou a semana comendo maçã, banana e miojo quando eu conseguia fazer e não reclamou nenhuma vez. Parei de tomar o remédio quando a crise foi embora e adivinhem? A abstinência veio forte! Cinco dias apenas e o organismo já estava viciando.
Como pode um remédio causar tanta dependência assim?
De vez em quando, quando a dor chega forte eu ainda tomo a morfina, e depois de algumas vezes tomando, os efeitos colaterais diminuíram muito. Agora a dor ameniza um pouco sempre que eu tomo. Mas a coceira é sempre presente!  A coceira é insuportável e eu penso 10 vezes antes de tomar por causa disso.


Casa nova, de novo!

Lembra quando eu disse que nunca mais me mudaria de novo, a menos que fosse pra minha casa própria? Pois é...
Ainda não foi dessa vez!
Mas eu me mudei de onde estava, por causa dos vizinhos escandalosos e por causa dos escorpiões que começaram a aparecer dentro da outra casa e que me roubavam ainda mais a paz de espirito. 
Quem tem fibro já sofre o suficiente com as dores pra ter que ficar se preocupando com animais peçonhentos ou ter que ficar aturando vizinho dando barraco ou com som alto.
E com isso, eu acabei mudando de novo. Pelo menos agora eu estou numa vizinhança mais calma e o melhor, uma região com menor incidência de escorpiões. E isso já é uma grande vantagem.
Mas vou dizer que apesar de fazer 15 dias que me mudei, ainda tenho muita bagunça aqui em casa. Tem caixa que eu ainda nem abri, e que vai ficar sem abrir por mais uns dias ainda, pois estou só o pó! kkkk
Mudança arrasa com a gente e pra recuperar vai levar uns diazinhos ainda.
Mas vamos levando como dá. Vamos deixando algumas coisas pra lá e fazendo só as mais importantes, pois a minha saúde é o que importa. 
Se eu morrer a casa vai ficar aqui, do jeito que estiver e ninguém vai nem se preocupar com isso. Então, por que é que é que eu vou me preocupar? 
Nós temos que pensar primeiro em nós mesmos, para depois poder pensar no resto, pois se não estamos bem, nada ao nosso redor vai estar. 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Ausente de mim mesma.

Ando bem ausente de tudo. Deixei muita coisa de lado esses últimos dias.
A dor, o cansaço, a falta de ânimo e aquela tristezinha lá do fundo da alma têm sido minhas companheiras nesses dias que estou longe do blog e tudo o que eu faço é como uma obrigação, um fardo pesado.
Os cursos que faço e a faculdade também têm exigido demais de mim e honestamente eu meio que desisti de um curso que eu estava super animada pra fazer no inicio, mas que agora está me parecendo mais com uma sessão de tortura diária.
Pior de tudo é a cobrança dos amigos e familiares com relação a tudo que eu faço. Toda hora tem alguém me dizendo o que eu tenho que fazer ou deixar de fazer e isso me irrita demais.
Outra coisa que parece que resolveu desandar foi o clima aqui...
Gente, eu moro no sudeste da Bahia e aqui é sempre muito quente, mas parece que esse ano as coisas resolveram mudar um pouco. Tem feito muito frio aqui e com o frio as dores aumentaram muito... ninguém merece!
Mas eu estou resistindo firme, do jeito que posso e que consigo. Aumentei o consumo de chás, principalmente o de gengibre e o de valeriana. Não estou mais surtando com limpeza de casa, embora eu tente manter ela, pelo menos, habitável. Nem vou contar que eu passei quase um mês sem lavar roupas e que só lavei porque meu filho não tinha mais nenhum shorts pra colocar. Aliás, essa mesma roupa que ainda está no varal, embora faça dois dias que secou.
Enfim, a minha ausência é geral, não apenas aqui.
Mas eu prometo que não vou sumir de vez, embora eu ache que ninguém anda mesmo lendo isso daqui.


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Dia de enfrentamento a Fibromialgia!

Bom dia meninas!
Hoje é o dia do enfrentamento a fibromialgia.
Como vocês já devem saber, eu sou portadora da síndrome e estou aqui pra conversar um pouquinho sobre isso com vocês.
Pra quem não conhece, a fibromialgia é uma síndrome crônica, que causa muita dor no corpo todo. Essa dor pode ser difusa ou em pontos específicos, pode ser latejante ou constante, pode ser em menor ou maior intensidade. Essa dor assume as mais diversas formas e percorre o corpo todo. A fibro, como é “carinhosamente” chamada pelos portadores, carrega junto com ela outros tantos sintomas: dores de cabeça, dormência nas mãos, distúrbios do sono, palpitações, dificuldades cognitivas, perda de memória, depressão, ansiedade, distúrbios digestivos, entre tantas outras coisas que vem junto.
É uma doença que rouba nossos melhores momentos. Imagine você estar recebendo um carinho e invés de prazer sentir dor? Imagine sentir muita vontade de comer aquele prato maravilhoso e passar muito mal só de sentir o cheiro da comida que tanto queríamos? Imagine não conseguir sair da cama, mesmo querendo muito fazer determinada coisa?
Isso é a fibro! Essa é a nossa rotina. É assim que vivemos...
Já vi muitas amigas que não aguentaram as dores e a pressão psicológica, que acaba sendo imposta sobre nós, e que acabaram tirando a vida por causa da doença.  Eu mesma já tentei...
Mas no final percebi que talvez isso não seja o melhor, e resolvi que iria levar na brincadeira e na palhaçada. Mas não se enganem, não é por que eu estou tentando rir que eu não esteja sentindo dor. E assim como eu, tem muitos por ai tentando se erguer e viver com a síndrome.

Então se você conhece alguém que sofra com a fibromialgia, chega de julgar! Chega de falar do que não conhece. Chega de impor rótulos ou tentar encaixar essas pessoas em padrões que você ache ser o certo. Acolha! Muitas vezes só o que precisamos é um pouquinho de empatia e mais nada.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Fibromialgia do jeito certo...

Não é raro vermos pessoas com fibromialgia olharem para outra pessoa com fibromialgia e dizer: "Você não tem fibromialgia, se tivesse ficaria reclamando igual eu...", ou, "Se você tivesse fibro mesmo, ia ver o que é dor, não ia ficar por aí assim...", ou ainda, "Ah, com certeza o médico errou o seu diagnóstico, pois quem tem fibro sofre tanto que não consegue brincar, fazer piada ou ter alegria de viver com a situação..."
Já ouvi essas afirmações acima muitas vezes, de pessoas que sofrem como eu. A diferença entre eu e elas é que eu decidi que não levaria a vida tão a ferro e fogo, resolvi que não é minha condição que determina o meu estado de espirito, e sim o contrário.
Se hoje eu não tenho condição de levantar por que a dor é excruciante, ótimo! Invés de trabalhar igual uma louca, vou ficar deitada aqui e quem sabe mais tarde eu coloque minha leitura em dia?
A fadiga me venceu e não estou conseguindo fazer faxina? Não tem problema! Não vou morrer por que a casa está suja ou bagunçada.
Acabou o dinheiro do remédio? Que pena, vou usar esses R$5,00 que ficou aqui e comprar aquela barra de chocolate mara que vai dar um pouquinho de prazer!
A vida é feita de escolhas, e eu escolhi que não vou me entregar para a fibromialgia, pois sou mais forte que ela!
Se um dia ela me roubar a alegria de viver, então não faz mais sentido viver! Não faz mais sentido continuar lutando!
Sabe, eu acredito que cada um tenha o direito de escolher como quer viver. Cada paciente pode escolher se quer se entregar e viver com fibromialgia, ou se quer lutar e estar com fibromialgia. E eu não aceito que tentem me arrastar para o mesmo estado mental de vitimismo e sofrimento irrefreado.
Eu sou solar, eu sou vida, sou guerreira. Tenho meus maus momentos? Claro que sim! Não sou de ferro!
Mas sei que ninguém quer saber do meu sofrimento, pois cada um já tem os seus. Tento conviver com os meus da melhor forma possível e por isso nos damos bem. A fibro é uma visitante indesejada, mas que como qualquer visitante que aqui chegar, será tratada com o respeito que merece e com a atenção que precise, nem mais nem menos.
Não quero que todo mundo siga meu modelo de ser, não tenho pretensão de ser exemplo de ninguém e tão pouco acredito que eu possa mudar as pessoas. Esse é o meu jeito de lidar com a síndrome.
Se alguém se inspirar e quiser seguir comigo, será super bem vindo. E pode contar comigo pro que precisar.
Para todo o resto, desejo melhoras sinceras e força pra continuar remando contra a maré!

Tudo posso na comida que me fortalece!

Eu já falei aqui que adoro comer porcarias e que não me vejo sem um pãozinho (cheio de glúten) ou um bom brigadeiro, ou qualquer outra dessas coisas que cansamos de ver por aí que nos faz extremamente mal.
Sou da opinião de que já sofro o suficiente com as dores, para ainda ter que me privar das coisas que eu gosto de comer.
Lógico que não dá pra viver de pão e chocolate,  e por isso eu descobri que o segredo do sucesso é o equilíbrio.
Um grão que tem me ajudado bastante nessa minha filosofia do tudo posso na comida que me fortalece, é a chia.
Depois que passei a salpicar a comida com pelo menos uma colher de sobremesa de chia, eu percebi que minhas idas ao banheiro se tornaram bem mais tranquilas. Outra coisa que me fez bem desde que comecei a comer é a granola (dessas de pacotinho vendidas no mercado). Além de ser um lanchinho gostoso, ainda nos ajuda a reduzir a ansiedade alimentar, e como eu como ela pura, como se fosse um snack, acabo que sinto menos fome, pois ela exige um esforcinho maior para mastigar.
Como todos nós sabemos, alguns remédios podem nos deixar inchadas, acima do peso e fazer com que nossa auto-estima desça pelo ralo. Mas se a gente conseguir agregar valor nutricional as coisas gostosas, podemos comer sem a culpa de acreditar que aquele alimento será o responsável pelos quilinhos à mais no final do mês.
Por isso eu resolvi postar aqui alguns alimentos que além de deliciosos são muito benéficos pra saúde e que podem nos ajudar muito nos momentos de desejo por coisas diferentes. Ahhhh, e esquece aquela mania que temos de só comer coisas diferentes nos finais de semana ou em ocasiões especiais. Comida não é recompensa e essa visão errada da comida é que acaba causando frustrações e nos leva a comer mais do que gostaríamos.
Vamos lá?


Bananada de chocolate

6 bananas nanica bem maduras
2 colheres de chocolate em pó (50% cacau)
1 colher de sopa rasade açúcar.

Leve as bananas descascadas e picadas com o açúcar ao fogo. Deixe cozinhar bem, até que vire uma pasta homogênea e que esteja com ponto de brigadeiro (quando você passa a colher e vê o fundinho da panela). Acrescente o chocolate e continue mexendo com o fogo baixo por mais um minuto ou dois. Desligue o fogo, transfira a massa para um prato untado e deixe esfriar por pelo menos 4 horas.
Faça bolinhas como brigadeiro e passe no chocolate em pó.
Fica um brigadeiro maravilhoso!!! Vale a pena ter na geladeira para as horas de loucura!


Compota de maçã e canela.

3 maçãs fuji médias sem casca cortadas em cubinhos pequenos
1 colher de sopa de suco de limão
2 colheres de açúcar
canela em pó ( à gosto)

Leve todos os ingredientes ao fogo e vá pingando água aos poucos para ajudar no cozimento. A maçã pode demorar um pouquinho pra ficar bem macia, mas não vai se desmanchar completamente a menos que você passe pelo liquidificador (eu prefiro bem pedaçuda). Para ficar bem cremoso você pode amassar alguns pedaços com o garfo e colocar uma colher de chá de maisena em três dedos de água, acrescentar a panela e deixar engrossar.
Essa compota eu coloco dentro da massa de pastel de forno e como no lanche. A maçã é uma fruta excelente e por seu sabor doce pode substituir os doces industrializados
*Para as viciadas na torta de maçã do Mc é só passar a massa do pastel de forno pela clara de ovo batida ou trocar a massa de pastel por massa folhada e fritar. Fica muito parecida e você come o quanto quiser.







quinta-feira, 20 de abril de 2017

O médico e eu

Só quem tem a fibromialgia sabe o quanto é excruciante ter que ficar indo e vindo de médicos e mais médicos até descobrir o que de fato temos.
Nesse caminho, muitas vezes nos deparamos com médicos péssimos, que nos tratam como se não passássemos de objetos de lucro, ou pior, como se fossemos seres loucos que querem chamar atenção.
Poucos são aqueles que de fato compreendem o nosso quadro e que nos tratam com humanidade e respeito. E é tão bom quando isso acontece!
Eu conheço os dois lados da moeda: De quem já teve convênio e de quem depende do SUS e posso afirmar que de ambos os lados a situação é a mesma. A única vantagem de se ter o convênio é ter mais liberdade para escolher o profissional que queremos que nos atenda, enquanto no SUS somos meio que "obrigados" a aceitar o que tem. E isso é o que o SUS pode ter de pior no que diz respeito ao nosso caso. As longas filas de espera do SUS também é um outro problema que merece destaque.
Aqui onde moro, uma consulta com especialista pode demorar até 1 ano pra acontecer, dependendo da especialidade e da disponibilidade do médico.
O reumatologista com quem eu passava mesmo demorava horrores... Foram longos meses de espera por uma consulta com um médico grosseiro e sem o menor tato. Consulta essa que não deu resultado nenhum, afinal eu já tinha o diagnóstico, e precisava apenas da renovação das minhas receitas, que ele não apenas não fez, como ainda deixou bem claro que ele não receitaria aquelas medicações pois ele não "gostava" delas. Ele simplesmente ignorou o fato de que eu usava elas e me dava bem, além de ter deixado bem claro pra ele que as que ele havia anotado na receita não tinham surtido efeitos positivos e ainda tinham causado sérios efeitos colaterais, super desagradáveis. E eu fui obrigada a ir embora pra casa sem medicação e com a afirmação de que ele é que era o médico e que eu não tinha conhecimento suficiente pra definir qual seria o melhor tratamento pra mim.
Em contra partida, o psiquiatra do SUS, um homem muito gentil e educado, foi de uma simpatia e generosidade sem tamanho, já logo na primeira consulta, sendo o oposto do meu psiquiatra do convênio, que era um homem frio e distante, que não se importava nem um pouco com o paciente.
O médico do SUS não só renovou as minhas receitas, como ainda me incentivou a buscar essas medicações de forma gratuita, fornecendo laudos médicos para que eu pudesse estar solicitando a medicação de alto custo junto a prefeitura de onde eu moro. As consultas com o Doc C (como eu o apelidei) não demoram menos do que 15 minutos e ele, todos os meses, pergunta como estou, como vai a família, se estou tendo resultado com a medicação, se quero mudar alguma coisa, se consegui pegar o remédio aquele mês, se disponho de recursos para comprar os do mês seguinte, entre tantas outras perguntas e gentilezas.
Nem preciso dizer que nunca mais voltei no reumatologista, não é mesmo?
A verdade é que precisamos ter um médico em quem confiar e com quem contar, afinal, muitas vezes nossa rotina inclui visitas tão frequentes ao consultório, que ali acaba fazendo parte da nossa rotina, e se temos no médico muito mais do que apenas o tratador, conseguimos melhor resposta do tratamento, afinal, temos a liberdade de conversar e mostrar o que nos incomoda, o que não dá certo, o que resolve. Quando formamos essa parceria, tudo melhora e até a nossa disposição para seguir com o tratamento aumenta.
Eu que tinha problemas sérios pra lembrar de tomar a medicação, me vejo hoje tomando tudo certinho, sabendo que posso confiar naquilo que meu médico prescreveu. Hoje ele me incentiva a fazer um diário onde anoto minha rotina, onde marco a medicação que tomei naquele dia, e quais os sintomas e sensações que tive, anoto minhas reações a medicação e também no que ela ajudou naquele dia, e o melhor de tudo é que ele lê o que foi escrito ali, ele presta atenção ao que estou contanto naquele caderno e usa como apoio para o meu tratamento. Depois disso, nunca mais esqueci de tomar uma dose da medicação.
Talvez eu tenha tido sorte, não sei. No convênio nunca tive o tratamento que o Doc C dispensa aos seus pacientes (todos eles) e o mais próximo que cheguei disso foi com um nefrologista que me atendia a cada seis meses, por que a agenda era extremamente cheia.  O tempo de espera hoje, pra conseguir um horário com o Doc é de mais de um ano, mas depois que vc passa a primeira vez, dependendo do caso ele mesmo remarca a consulta para 30 dias depois, só pra não correr o risco da central de marcação te dar canseira por mais uns 3 meses.
Ele não sai da sala por nada e só para de atender quando o ultimo paciente foi embora.
Sei que pelo Brasil existem outros muitos médicos como ele, e desejo que todos vocês possam encontrar alguém que ame tanto a profissão, à ponto de se dedicar de corpo e alma na recuperação de seus pacientes.

Dolantina

Essa medicação é o pomo de discórdia entre médicos e pacientes de fibromialgia.
Também conhecida como Dolosal, Petidina, Meperidina, Demerol ou Piperosal, é um opioide que atua na inibição do sistema nervoso central.
Ela age rapidinho nas nossas dores e assim que é aplicada conseguimos sentir um alivio quase imediato. O problema é que junto com esse alivio vem a sensação de euforia, de bem estar e de leveza, é uma sensação tão agradável que se junta ao alivio das dores que é quase impossível não viciar nessa droga.
Ela é a mais pedida entre os pacientes de fibromialgia quando chegam aos PS da vida e a mais recusada por médicos que sabem os efeitos devastadores dela no nosso organismo.
Não vou negar que muitas vezes, durante a crise, eu desejei que o médico me passasse ela, e mesmo cheguei a sugerir que fosse a conduta terapêutica usada no meu tratamento algumas vezes. Imediatamente após a aplicação já é possível sentir o calor se irradiando no corpo, a sensação de leveza e bem estar e cinco minutos depois uma espécie de depressão e vontade por mais uma dose.
Já usei várias drogas na minha juventude, como cocaína, ecstasy, LSD... 
Porém nunca usei nada que fosse meramente parecido com a Dolantina. O prazer oferecido por ela vai além do que eu já experimentei com qualquer outra, e a necessidade de uma segunda dose quase imediata pra conseguir permanecer bem acontece numa velocidade que em nenhuma das outras eu tinha visto.
Honestamente, não vou dizer que nunca mais tomo a dolantina, até por que, infelizmente as vezes ela é a única que efetivamente acaba com minhas dores. Existem outras medicações que poderiam ajudar mais e melhor que ela, além de não serem tão altamente viciantes, mas que não são usadas no PS. Então, não tem jeito...
Mas evito ao máximo! 
Eu sei que existem pacientes que são tão viciados ao ponto de não conseguirem admitir que o médico prescreva outra medicação. Tenho amigas que não conseguem aceitar que estão tão afundados no vicio, que se assemelham à algumas pessoas do meu passado, desesperadas pela próxima dose. Fazendo coisas absurdas, como comprar a medicação de pequenos traficantes (enfermeiros que roubam a medicação do hospital), ou exigindo internações longas e arrumando briga para que seja prescrito doses e mais doses dela, sempre alegando uma dor insuportável que não sara com nenhum outro medicamento, por melhor e mais eficiente que seja. São pessoas que não admitem nem sob tortura que sentem prazer com a medicação e que são capazes de qualquer coisa, como um viciado comum seria.
Vejo essas amigas se perderem nessas medicações e por mais que eu tente ajudar, se tem uma coisa que eu descobri com o meu passado, é que só é possível tirar da lama quem quer sair da lama, e que antes de mais nada, elas precisam admitir que têm um problema, para só daí poderem ser ajudadas. 
Parece cruel que seja assim, mas não existe outra porta de saída das drogas, seja qual for! 
Sou alérgica a muitas medicações como morfina e tramadol. Eles me dão reações absurdas como náusea extrema e coceira generalizada e chego a quase arrancar a pele de tanto coçar, por isso não deixo nenhum médico prescreve-las. Quando preciso realmente ir pro PS as minhas opções são poucas, e por isso evito ao máximo ter que ir. 
Quando estou em crise severa, eu tento relaxar o máximo possível, tomo um longo banho quente, deixo a água relaxar meu corpo (sim, eu fico mais de 10 minutos ali, e não, não me sinto culpada com a falta de água no planeta, já que no resto dos dias eu uso apenas o mínimo necessário, além de realizar outras ações pró natureza), tomo um chá de gengibre com cidreira e mel, bem forte. Deito na minha cama e me cubro dos pés a cabeça. Posso tomar também algum comprimido pra dor, ou fazer um coquetel de relaxante muscular com analgésico. Sempre com o conhecimento e concordância do meu médico, que sabe exatamente o que vou tomar nessas crises.
Aliás ter um médico parceiro é o primeiro passo pra qualquer fibromialgico se sentir melhor e mais seguro no tratamento, mas isso a gente fala em outra postagem. 
Enfim bonitas, tomem cuidado com a dolantina, pois ela, longe de ajudar, pode acabar piorando a situação e criando um problema que é e difícil solução.
O vício é uma coisa muito delicada e demorada de superar e se a nossa vida já é muito complicada sem ele, com ele a coisa só tende a piorar...
Torço muito pra que essas minhas amigas enxerguem o mal que estão fazendo pra elas mesmas e me esforço muito pra mostrar isso pra elas, embora insistam em achar que eu sou chata e que não quero vê-las melhor. Mas... 
Enfim, torço pra que cada um que conseguiu ler até aqui saiba que a dolantina é um remédio que pode ser muito útil quando não existe outra possibilidade, mas que seu uso deve ser restrito à menor dose necessária e que toma-la muitas vezes seguidas pode ser um caminho muitas vezes sem volta, que te trará mais dores e muito mais problemas.
Bjos doces.

Pequenas coisas...

Um minuto, um movimento, um momento, um pensamento, uma palavra, um gesto, um deslize, um atraso...
Coisas tão pequenas e que afetam de forma tão definitiva as nossas vidas!
Um minuto a mais dentro do elevador te impede de conhecer o homem dos seus sonhos. Um gesto mal interpretado te faz perder um amigo. Uma palavra na hora errada te faz perder o homem da sua vida. Um atraso é o que te protege de um acidente.
A vida é feita de pequenas coisas que podem fazer a diferença e podem ser o que nos derruba ou nos alça ao mais alto degrau.
A fibro é só mais uma dessas pequenas coisas que vão se somando e sobrepondo e que no final nos deixam malucas de dor e de sofrimento. Mas você já parou pra pensar quantas vezes a fibromialgia te livrou de outras coisas piores?
Quantas vezes você voltou pra casa, chorando de dor e ficou quietinha, na segurança do lar, enquanto algo muito pior estava no seu caminho?
Nós que temos fibromialgia costumamos tentar carregar o fardo do mundo nas costas e muitas vezes não aguentamos nem mesmo o nosso próprio fardo. E com isso a frustração é inevitável!
Acabamos sendo, nós mesmos, o maior e principal gatilho de dor. E por quê? Por coisas tão pequenas que não valem a pena.
Pare e pense quantas vezes você sofreu por algo que não estava ao seu alcance controlar.
Somos assim, não é mesmo?
Mas precisamos aprender a puxar o freio nesses situações e segurar a vontade de abraçar o mundo. Temos que aprender que as coisas acontecem independente de nós, e a olhar para elas com menos culpa. Sim, podemos conviver com a fibromialgia de forma menos dolorida! Descobri que, invés de sofrer com cada dia difícil, é mais fácil eu agradecer por ele.
Se acordo com dores e não consigo sair da cama, antes de pensar em reclamar por não poder sair da cama, agradeço por ter uma cama que me permite não sair dela.
Se passo mal com a comida, agradeço por ter tido a comida daquele dia.
Se fico com raiva de alguém por qualquer coisa que tenha feito, agradeço por todas as circunstancias que me permitiram chegar até o ponto onde fui desagradada.
Ir ao hospital deixou de ser uma tortura quando parei de reclamar da postura dos médicos e comecei a aceitar que eu precisava trata-los com mais carinho. Hoje percebo que muitas vezes, por causa das dores fortes, eu simplesmente os tratava como nada e queria passar por cima do conhecimento que eles tanto estudaram pra adquirir.
Aprendi que nem sempre a medicação que eu considero a melhor, é a que vai me fazer bem naquele momento, e passei a aceitar sem discutir o que me era receitado.
Algumas pessoas podem achar que isso é algum tipo de submissão ou de fuga. Eu prefiro acreditar que estou dando ao universo exatamente o que ele espera de mim, e honestamente, comigo tem funcionado.

quarta-feira, 29 de março de 2017

A dor de uma traição...

Boa tarde amadinhas!

Hoje eu vou escrever exclusivamente para as  meninas, que com certeza entenderão muito bem o que estou sentindo nesse momento. Não que os homens sejam insensíveis, não é isso. É que uma mulher talvez consiga se colocar no lugar da outra nessas horas.
Há dois dias atrás eu descobri que o meu marido tem me enganado por algum tempo já.
A situação foi bem bizarra, pois descobri pela internet. O Facebook dele deu problema e ele me mandou mensagem pedindo ajuda. Invés de ficar duas horas fazendo um tutorial de como recuperar a senha perdida, eu simplesmente entrei no face dele pelo e-mail.
Bom, qual não foi minha surpresa ao ver uma janela de bate papo aberto e várias mensagens "meigas" de ambas as partes, finalizadas com um "não manda agora não, pois alguém raqueou meu face".
O que ele estava esperando a pessoa mandar eram nudes.
Quando vi aquelas mensagens me senti traída, humilhada, derrotada. Minha raiva foi à níveis gigantes e eu juro que só não tomei uma atitude extremada por que ele está longe.
Naquele momento eu desejei que ele estivesse aqui, para colocar fogo nas roupas dele e colocar ele pra rua só com a roupa do corpo.
E o pior de tudo é que mesmo eu tendo mandado print das conversas pra ele, ainda teve a cara de pau de negar e jurar que não era culpa dele. Ainda tentou virar a situação, falando que eu estava paranoica, que era coisa da minha cabeça.
Ele tentou, de todas as formas, me fazer acreditar que eu estava surtando e que não era nada daquilo. E talvez até tivesse conseguido me convencer, se eu não tivesse salvo arquivos de tudo. Inclusive, assim que ele conseguiu entrar no face, saiu apagando todas as conversas e bloqueando a pessoa e quando eu tornei a entrar pra procurar, não achei nada (eu agradeço por ter tido a presença de espirito de tirar o print de tudo, antes dele ter tempo de remover. Do contrário agora eu não teria tanta certeza do que eu vi).
Confesso pra vocês que eu as vezes tenho lapsos de memória e as vezes as coisas parecem meio que surreal, e mesmo coisas que eu mesma fiz, acabam caindo no esquecimento. Mas dessas vez não tem nem como ele tentar me ludibriar, já que eu fiz questão de guardar tudo, pra não esquecer nunca!
Bom, nem preciso dizer que no momento não sou mais uma mulher casada, né?
E se num primeiro momento achei que isso seria o estopim de uma crise daquelas, agora estou começando a acreditar que ele era a causa doas minhas dores. Não vou dizer que melhorei 100%, mas de ontem pra hoje, as dores diminuíram consideravelmente. Sabe quando tomamos a Dolantina e a dor alivia tanto que parece que somos novas de novo? Estou me sentindo assim, só que sem a leseira que a medicação dá.
Não sei como vai ser daqui uns dias. Não sei se vou estar tão bem como me sinto agora, ou se a ficha vai ter caído e eu estarei arrasada.
A única coisa que eu sei no momento, é que eu não quero mais nem saber desse safado. Se tem coisa que eu não aceito é que tentem me fazer de idiota e foi exatamente o que ele tentou fazer. A traição física talvez não tenha nem sido o pior. Agora, tentar me manipular para que eu acreditasse que estava ficando louca, foi a gota d'água!
Não posso confiar em uma pessoa assim, e prefiro ficar sozinha a ter que conviver desse jeito.

sexta-feira, 24 de março de 2017

Links uteis na hora das más ideias

A ultima postagem foi sobre depressão e como ela pode ser fatal.
Por isso vou colocar aqui uma lista de sites que oferecem ajuda à quem está no fundo do poço. Se você já precisou ou conhece alguém que precisa, repasse essa lista, para que as pessoas possam saber a quem recorrer nos momentos difíceis.
Pode parecer bobagem agora, mas salve pelo menos um dos contatos em sua agenda e quando sentir necessidade procure essa ajuda, pois ela pode ser a diferença entre a vida e a morte!

LINKS ÚTEIS
Para conhecer mais sobre voluntariado, apoio emocional, prevenção do suicídio, saúde mental e outros temas afins, acesse também:

Movimento Setembro Amarelo, Dia mundial de Prevenção ao Suicídio
Educação Emocional
Associação Brasileira de Psiquiatria
Movimento Conte Comigo, Prevenção a Depressão
Rede Brasiliera de Prevenção ao Suicídio
Informações sobre prevenção do suicídio
Transtornos mentais e dependência química
Centro Voluntariado de São Paulo
Associação Brasileira de Estudos e Prevenção de Suicídios
Sociedade Portuguesa de Suicidologia
Samaritanos de Londres
Befrienders Worldwide
Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio
Associação Americana de Suicidologia
Associação Canadense para a Prevenção do Suicídio
Telefono amigo-Italia
Voz de apoio - Portugal
Telefone de Esperança - Portugal

Fibromialgia mata

Se você digitar no Google a palavra Fibromialgia irá ver a sugestão de frase: fibromialgia pode matar? A verdade é que nunca tomei conhecimento de nenhum caso em que o atestado de óbito tenha constado "morte por fibromialgia", mas sabemos que ela sempre vem acompanhada de outros problemas que podem levar à morte. A depressão é um desses caronas que sempre se fazem presentes na nossa rotina. Ela é a maior responsável pelos suicídios e tentativas cometidas por quem tem fibro e sempre chega de fininho, sem fazer muito alarido, se aproveitando na nossa fragilidade para lidar com a dor. A depressão é a causa mais comum de morte de fibromialgicos que, no auge da dor, acabam tomando medidas extremas para se ver livres do sofrimento. Como eu não estou aqui pra julgar ninguém, não vou ficar dando sermão do que pode ou não acontecer com quem tenta se matar e muito menos criticar quem consegue. Basta eu dizer que entendo e que me ponho a disposição para quem quiser conversar e estiver precisando de uma palavra amiga nesses momentos. Aliás, se não quiser conversar comigo, ou não conseguir me chamar por qualquer motivo, vou deixar aí embaixo algumas formas de contato do CVV (Centro de Valorização da Vida). Nessas instituições sempre é possível encontrar apoio para seus problemas de forma sigilosa, além deles serem treinados para atender as pessoas nas mais diversas ocorrências. Vale a pena buscar ajuda nessas horas de solidão e desespero. Eles não cobram nada pelo serviço e pode ser a diferença entre a vida e a morte de quem chegou no fundo do poço. Eu sei bem como é a sensação, pois eu mesma confesso que já passei por isso e, só não consegui atingir meu objetivo, por que na hora eu acabei com mais medo do que coragem. Mas sabemos que as vezes a dor é maior que o medo, maior que a fé, maior até do que nossa própria vontade e que acabamos fazendo cagada apenas tentando diminuir a dor (quem já tomou mais remédio do que a dose indicada pelo médico nas horas de crise, sabe bem do que estou falando). Então, amadinh@s não se façam de rogad@s. Bateu a depressão, sentiu vontade de colocar um ponto final na situação, entra em contato com alguém!!! Não se permita isolar. Não fique sozinha(o). Ter alguém pra conversar ajuda muito e, as vezes, pode até ser uma via de mão dupla, já que quem escuta também aprende muito. https://www.cvv.org.br/ Telefone de contato: 188 Não tenha medo ou vergonha de procurar ajuda. Lembre-se: a pessoa mais importante do mundo é VOCÊ!!

quinta-feira, 23 de março de 2017

Aposentadoria??? Isso é algo que não nos pertence mais...

Pois é queridas (os),
Se antes já era difícil a gente receber até mesmo o auxilio doença, imagina agora?
Eu tenho diagnóstico de fibromialgia, tenho várias hérnias de disco (oito pra ser mais exata) e tenho artrite reumatoide, o que torna muito difícil suportar as dores nas mãos. Tem horas que eu faço das tripas coração para digitar meia duzia de linhas, e as mãos não acompanham o ritmo do cérebro, o que faz com que muitas vezes eu morra de vontade de escrever para vocês, mas que não consiga por causa das dores.
Fora isso, tenho um milhão de laudo psiquiátrico onde meu médico afirma que por causa da medicação tomada por muito tempo e do transtorno de personalidade limítrofe,  eu tenho dificuldade de concentração, perda de memórias momentâneas, ausência, dislalia, depressão, baixa auto estima e transtorno psicótico moderado. Pois é, não é fácil, né mesmo? Mas adivinhem o que o perito do INSS acha de tudo isso? Ele acha que estou apta a voltar ao trabalho e chegou a dizer na minha cara que eu não tinha nada que justificasse eu tentar entrar no auxilio doença.
E se antes de toda essa reforma que querem aprovar já estava assim, eu imagino como vai ser a partir da reforma. Quando a pessoa chegar ao INSS para dar entrada na documentação de auxílio doença ou aposentadoria por invalidez, o primeiro documento que eles vão pedir será o atestado de óbito da pessoa.
A coisa tá cada hora pior e a tendencia é prejudicar quem mais precisa.
Eu me pergunto quantas das amigas de fibro recebem aposentadoria, ou sequer o auxilio doença. De cada 100 pessoas com quem eu converso, somente 3 possui algum tipo de benefício, que permita que ela se afaste de suas funções profissionais e continue se tratando.
A verdade é que trabalhamos uma vida inteira para ter direitos e quando mais precisamos deles, não os temos.
Idem o SUS. Esse sistema de saúde de gratuito não tem nada. Ele é muito bem pago por cada brasileiro, mesmo aqueles que nunca usaram. E pra que? Pra um serviço de péssima qualidade, que nos deixa na mão sempre que mais precisamos.
Difícil Hora não tem especialista, quando tem ele está com a agenda lotada por pelo menos 6 meses (tempo que demora, em média, a marcação de uma consulta). Quando consegue a consulta, o laboratório não faz os exames necessários para o diagnóstico, ou quando faz, não tem terapeuta, fisioterapeuta e outros profissionais tão necessários nas nossas vidas.
Não sei o que será da gente daqui a pouco, mas a verdade é que prevejo tempos difíceis pra portadores de fibro.
Se antes já não éramos vistos com a devida atenção, agora a coisa vai ficar bem pior!!!

sexta-feira, 17 de março de 2017

De falta de internet à gato autista... Como piorar a vida de um fibromiálgico!

Oi pessoas lindas...
Depois de quase um mês sem internet, estou de volta!!!!
Como é bom poder escrever aqui de novo.
Juro que eu tava morrendo de saudade e tem muita coisa pra colocar em dia.
Esses dias que estive sem internet aconteceu tanta coisa, que eu nem sei como começar a contar pra vocês. Bom, vamos do começo: Mudei pra sede do distrito onde morava antes, e como vocês sabem, mudança já é ruim pra quem não tem fibromialgia, imagina pra quem tem. Some o fato de que eu estava sozinha, sem dinheiro e com uma criança pequena e tendo que mudar mesmo assim. Pois é, foi a treva. Mas com muito esforço e um umas codeínas a mais, eu finalmente me instalei na casa nova. Quando achei que já estava tudo certo, começaram os outros problemas...

Quando vim alugar a casa, não olhei o telhado e com isso não vi que tem vários buracos entre as telhas, por onde passa água, poeira, folhas, gatos... Isso mesmo, gatos! O buraco na lateral da calha está tão grande, que os gatinhos bonitinhos resolveram fazer dali sua porta de entrada e saída de casa, assim podem vir visitar e de quebra ainda bater no meu pobre gatinho autista. E eu aposto que você nunca tinha ouvido falar que gatos podem ser autistas. Pois podem e eu só descobri por que o meu gato é. Desde pequenininho que ele tem um comportamento muito diferente dos outros animais que já tive. Ele não sai de casa pra nada e quando sai na calçada, chora igual criança. Tem mania de ficar mamando em cobertores e nunca mia (acho que ele nem sabe fazer isso), e chora pra expressar reação à alguma coisa que lhe afete. E o que isso tem à ver com todos os meus problemas? Eu só descobri isso na mudança. Foi terrível pro pobrezinho sair da zona de conforto dele, e pra ajudar, aqui os gatos entram, comem a comida dele e ainda batem nele. Ontem eu descuidei uns minutinhos e ele apanhou de um gato malvado, que machucou a patinha dele e deixou sangrando. Quando eu cheguei em casa e vi, quase morri de dó da carinha de sofrimento dele. Ou seja, não posso mais sair de casa, ou quando sair tenho que levar o Fumaça junto, pelo menos até o ceramista vir arrumar o telhado pra mim.

Só isso já seria motivo suficiente pra deixar qualquer pessoa doida, mas não comigo... Todo castigo pra mim é pouco e descobri da pior forma possível que meu bairro novo tem uma infestação de escorpiões. Já é a terceira vez em menos de quinze dias que eu encontro filhotes de escorpião amarelo dentro de casa. E como vocês devem saber, onde tem o filhote, tem a mãe e mais uma penca de irmãozinhos... Um inferno na terra!!!
Eu tenho pavor de qualquer bicho peçonhento e acho que vocês podem imaginar como eu estou dormindo, ou melhor, não estou dormindo esses dias. O que já era difícil sem os referidos animais, agora está impossível. Passo as noites em claro, procurando bichos dentro de casa. E não vejo a hora de chegar o repelente de escorpião no dedetizador que chamei pra resolver meu problema. O fod... é que aqui tudo demora muito pra chegar. E com certeza esse cara só vai dar sinal de vida daqui uns 15 dias. Até lá eu vou continuar na minha paranoia de limpeza (ainda pior que o normal) e revirando casa de madrugada pra evitar acidentes durante a noite. Meu maior medo é que um bicho desses pique meu filho, que só tem cinco anos. Até com o gato eu tenho que me preocupar, pois como ele não tem instinto de preservação nenhum, é capaz de ser ferroado por um, morrer e nem perceber.
E como se tudo isso não fosse o bastante pra deixar qualquer pessoa surtada ainda mais surtada, três dias depois que eu mudei pra cá teve um tiroteio de madrugada na rua de casa. Advinha quem não está mais indo pra faculdade, com medo de acabar no meio do tiroteio na hora que chegar em casa?
Pois é... Foi só naquele dia mesmo a confusão, mas eu sei lá. Não consigo nem sair de casa direito. Mal consigo ir levar e buscar meu filho na escola, e só saio de casa depois de conferir umas trinta vezes a rua e os noticiários locais. Eu achava que aqui era um lugar tranquilo pra viver, mas me arrependi tanto de ter mudado pra cá!
O problema é que tão cedo não tenho como mudar, pois os custos de uma mudança são altos demais e tem todas as outras implicações de ficar indo e vindo de um lugar pro outro.
Eu cheguei a contar que no dia da mudança o pessoal do caminhão conseguiu quebrar minha estante da sala e meu paneleiro, passando com eles pelos galhos de uma árvore na porta da casa nova? Pois é!
Agora o negócio é eu correr atrás do meu prejuízo aqui e ir juntando dinheiro pra poder mudar novamente, assim que der. E eu juro que dessa vez, a primeira coisa que eu faço é olhar pro telhado e perguntar pros vizinhos se tem algum tipo de praga urbana na região. Além disso, vou conferir os noticiários locais pra ver se o bairro não é palco de guerra de gangues.
Hoje eu vou dar um pulinho na casa da dona da casa. Ela que trate de mandar alguém aqui pra tirar as tranqueiras dela de dentro de um quartinho que tem nos fundos do quintal, pois eu é que não quero saber de lixo juntando animais peçonhentos dentro de casa. Tô fora!!!
Com tudo isso, vocês devem estar se perguntando como é que estou fazendo sem os remédios, não é mesmo? Pois eu tenho sofrido horrores. Tenho enfiado a cara nos chás, além de andar com a cartelinha de relaxante muscular no bolso. Tomo a cada 4 horas.
Essa semana que vem eu tenho que ir no médico, pedir o encaminhamento pro reumato. Minha codeína está acabando e como só vende com receita, não tem o que fazer. Aliás, dessa vez eu vou ver com ele se não me passa a receita de Oxi ou Arcoxia, pra ver se alivia mais as dores.


sexta-feira, 10 de março de 2017

Finalmente acabou...

O dia de mudança chegou ao fim, graças a Deus!
Agora é ir arrumando a casa aos poucos.
Foi difícil, dolorido e muito estressante. E não recomendo mudança pra ninguém. Essa é a quarta mudança em menos de dois anos e honestamente eu estou cansada de ficar indo pra lá e pra cá com meus móveis.
Hoje, além de sentir dor física, ainda senti uma tristeza muito grande, quando vi meus móveis sendo arrasados num galho de arvore. Fazia muito tempo que eu não fazia uma mudança sozinha. Tive ajuda de estranhos, que colocaram as coisas mais pesadas em cima do caminhão e que depois ajudaram a descarregar, porém fiz esforço, carreguei peso, ajustei móveis no lugar. Fiz das tripas coração pra reduzir os custos dessa mudança, afinal a coisa tá preta e o dinheiro tá curto. Quando temos alguém conosco pra dividir a responsabilidade, ajuda muito. Só o fato de ter com quem discutir ideias de como vai fazer uma determinada coisa, isso já diminui uma boa parte do fardo. E em contra partida, essa foi a mudança mais em ordem que eu já fiz na minha vida. Se por um lado foi pesada, por outro eu sabia exatamente onde encontrar cada coisa dentro das caixas. Aliás, caixas foram poucas. Eu já arrumei caixas enormes pra não ter que ficar procurando nada. Coloquei a cozinha em uma caixa só, o quarto em outra e assim por diante.
E quando cheguei aqui, foi só colocar cada caixa em seu lugar.
Tá certo que ainda não terminei de colocar tudo em ordem, mas é por que eu tenho a mania de querer lavar tudo quando tiro das caixas.
Aqui a casa é pequena e aconchegante, mas suja por qualquer coisa. E eu não estou nem um pouco bem pra limpar toda hora. Eu pressinto que o chão claro vai viver preto, kkkkkk.
Essa semana eu quero forrar a casa pra tentar diminuir um pouco a poeira aqui. Vamos ver como vai ser isso, pois só pra variar, será feito por mim.
Ahhh, eu acho que eu ainda não deixei claro que eu sou adepta do faça você mesmo. Sim, sou!
Não tenho a menor paciência em esperar ninguém fazer nada por mim e quase sempre eu fico revoltada com os valores praticados. O pior é que invariavelmente eu sempre acabo achando defeito nos serviços prestados. Por isso, eu já vou e faço logo de uma vez. E modéstia a parte eu até que sou boa com isso.
Já fiz de um tudo dentro de uma casa e não tem coluna no mundo que me impeça de fazer de novo, se preciso for. E é por isso que essa semana eu vou arrepiar no forro da casa!
Prometo que eu venho aqui contar como foi a aventura da forração.
E mais um detalhe, estou sem internet por esses dias, pois ainda não tive como solicitar a instalação, por isso, pode ser que esse texto só seja publicado daqui a alguns dias. Por isso, não fiquem bravas comigo. Não é falta de comprometimento com o projeto, não. E podem ficar tranquilas que logo, logo as coisas voltam ao normal.
Beijos de Luz!

sexta-feira, 3 de março de 2017

Chegou o dia

Hoje finalmente chegou o dia da mudança!
E eu aqui querendo um buraco no chão, pra me enfiar e só sair quando as coisas estiverem em seus devidos lugares na casa nova.
Pena que isso não acontece como mágica, que aqui não temos serviço de mudança nesse nível e que mesmo se tivesse, eu não teria como pagar por isso.
Eu odeio mudança e toda vez que faço uma eu juro que vai ser a última, antes de comprar a minha casa própria. Mas tá difícil cumprir a promessa e principalmente comprar a casa nova.
Eu estou aqui, morta de estresse e dor. E só parei pra escrever aqui, pra tentar aliviar um pouco a pressão. Fugi pro fundo do quintal, pra ter um pouco de paz, mas já tenho que voltar lá, senão as coisas não vão pra lugar nenhum.
Se fazer mudança com a ajuda do marido já é péssimo, imagina fazer isso sozinha, com um filho pequeno, com a ajuda de pessoas muito legais, mas que não têm a mínima dó dos móveis alheios. E isso com cólica, tendo feito a maior faxina na casa nova ontem e sem dormir nada há pelo menos três dias.  Dá pra começar a imaginar meu drama, né? E pra ajudar, como já estou com tudo encaixotado, não consegui nem passar café e o da vizinha tá me matando de inveja, com o cheiro MARA que está invadindo minha casa.
Bom, se o cheiro do café dela pode invadir minha casa, eu acho que posso invadir a dela pra poder tomar um golinho...
A verdade é que eu não vejo a hora de colocar as coisas lá na casa nova e armar a cama, pra jogar o corpo em cima e dormir até segunda feira, se meu filho deixar.
Que se dane a bagunça, que se lasque as coisas fora de lugar. Eu só quero poder colocar meu fogão num canto que dê pra usar e a cama no lugar. o resto espera, por que eu não sou de ferro e mereço, ao menos, jogar a carcaça na cama e poder chorar em paz, sabendo que consegui superar mais essa provação sozinha.  A dor pode até tentar me impedir, mas eu sou mais forte que ela e não me deixo vencer sem lutar!


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Carnaval dos horrores...

Gente eu não sou fã de carnaval e não tenho problema nenhum em assumir isso.
Acho uma grandessíssima perda de tempo e de dinheiro, principalmente para a industria que acaba parada nesses dias, mas aceito calada, já que sou voto vencido contra os milhões de brasileiros que amam o carnaval.
A questão é que parece que quanto menos a gente gosta de uma coisa, mais ela persegue a gente.
Já tem uma semana que o lugar onde moro está em festa por causa do carnaval e todos os dias está tendo um show diferente. Bandinhas locais, coisa de interior do nordeste, com muito forró, axé, arroxa e outros gêneros.
Até aí, ok! eu moro a mais de 4 quilômetros de onde está montado o palco. Seria tranquilo, se eles não exagerassem tanto no som, que é tão alto, que parece que tem um trio elétrico passando na minha sala. E pra ajudar, essas casas antigas tremem horrores com o som do grave das caixas.
Agora, imaginem os ouvidos de quem está lá, na festa propriamente dita?
Pior que nem adianta reclamar ou ligar para a policia, já que ela faz o apoio da festa e se não mandou abaixar o som, mesmo tendo que ficar com os ouvidos praticamente colado nas caixas, imagina se vão ouvir o rádio da patrulha pra pedir que diminuam a intensidade... haha.
A coisa aqui é de doer!! Ainda se as bandas locais fossem boas, a gente dava um jeito de aceitar e continuar a vida, mesmo indo dormir as 4 horas da manhã com o barulho da festa e tendo que acordar as 7 hs com a vizinha surtada com as marchinhas, logo cedo. É pra minar qualquer bom humor que eu já não tenho!
Eu que gosto de silêncio, de paz, de música clássica baixinha...
Estou sofrendo!!!
E nem adianta reclamar, aqui é Bahia, a terra da alegria! Pena que eu não combino nem um pouco com o estado de espirito dessa terra que é linda, mas muito barulhenta.
Aqui tem até racha de som. Não sabe o que é isso? Agradeça! Põe teu joelho no chão e agradeça por não ter que saber.  Hoje mesmo é dia... Como não vai haver banda, eles colocam os carros de som na praça do mercado e ligam seus paredões no ultimo volume. Pra se ter uma ideia do tamanho dos monstros de som, eles não cabem nos carros em que são instalados e são então colocados em reboques imensos. Eu, que não entendo nada de som automotivo, acho que aquilo se parece com os equipamentos super altos de som das baladas que eu frequentava quando era mais nova e que não suportava ficar meia hora, sem ter que sair pra dar refresco aos ouvidos.
Imagina um lugar pequeno com 15/20 carros de som ligados ao mesmo tempo, com diversas musicas, de todos os estilos (a sofrência nessa hora reina absoluta, tanto nos carros como em mim e eu sofro, sofro de verdade com essa porcaria), e quando eles percebem que chegou um maior e mais potente, acabam migrando para outras praças do distrito e adivinhem? Tem uma na frente de casa, claro!
Bom...
O jeito é pegar o filhote e ir dar uma volta em qualquer lugar bem longe do alvoroço que estará esse lugar hoje e rezar pra quando chegar não terem transformado a frente da minha casa em penico publico, que aliás é o segundo maior problema aqui nessa época, e olha que a prefeitura até manda instalar banheiros químicos.
Vamos torcer para que eu sobreviva aos próximos 15 dias de agito que toma conta da região. Agora deixa eu me apressar pra sumir logo daqui, antes que eu acabe enlouquecendo de vez!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Ervinha boa 2

Mulungu

Mulungu é uma arvore tipica da região central do Brasil e é cheia de propriedades medicinais que podem nos ajudar muito com a fibromialgia. Eu gosto muito de tomar chá de mulungu, pois me deixa calma e relaxada e me ajuda muito com as dores.

As propriedades dessa planta incluem ação calmante, analgésica, diurética, hipotensiva, tranquilizante, antidepressiva, antibacteriana, antiespasmódica, tônica e anti-inflamatória. É muito eficaz para o tratamento de problemas psicológicos associados ao estresse. Estabiliza o sistema nervoso central e é excelente para tratar insônia, distúrbios do sono, dores reumáticas e nevralgias crônicas. Também é ótimo para neuroses, ansiedade, síndrome do pânico, histeria, agitação, compulsão, depressão e doenças como a esclerose, pressão alta, bronquite asmática e epilepsia. Atua como adjuvante no tratamento do fígado, pois possuí poder antioxidante e no coração ele atua como cardiotônico regulando o ritmo cardíaco e abaixando a pressão arterial. ]Ahhhh, e não esqueçamos que ele também é ótimo para parar de fumar, pois possuem alcaloides que bloqueiam os receptores da nicotina


Modo de usar:   Colocar 5 g de cascas de mulungu em uma xícara de água quente e deixar ferver por cerca de 10 minutos em chaleira tampada. Deixar descansar por 10 minutos e tomar não muito frio. 

Gestantes e pessoas que fazem uso de medicação para baixar a pressão devem tomar cuidado com o chá pois ele pode baixar muito a pressão. Tomar o chá à noite, antes de deitar, pois ele pode provocar muita sonolência. 



Alfazema


Poucas pessoas sabem que alfazema e lavanda são as mesma coisa. É um arbusto de flores azul violeta belíssimo, que medem de 30 a 80 centímetros. Seu cheiro é penetrante e aromático, sendo essa uma das suas principais características. 
Suas principais propriedades são analgésica, antisséptica, anti-espasmódica, anti-inflamatória, antitranspirante, aromática, calmante, carminativa (ajuda a não acumular gases intestinais),
cicatrizante, desodorante e tônica.
Ela ajuda a tratar dores de cabeça e a evitar a tão temida enxaqueca. Auxiliar no tratamento de gota e depressão, alivia a flatulência, náusea, congestão linfática, tosse, dores reumática, problemas digestivos e menstruais (regula a menstruação). Asma e bronquite também podem ser aliviados e os problemas circulatórios podem ser combatidos. Seu efeito calmante é ótimo pra quem sofre de tensão nervosa.

Modo de usar: 1 colher de sopa de folhas secas de alfazema para um litro de água. Ferva a água, apague o fogo e coloque as folhas. Abafe por 10 minutos, coe e tome. 

Evite o excesso de chá de alfazema, pois pode causar dores de estomago, por aumentar a produção de suco gástrico. Pessoas com ulcera devem evitar toma-lo.
Tomar de 3 à 4 xícaras médias por dia. Pessoas que tendem a sentir muito sono devem tomar menos.



Folhas de Cajueiro (caju)

O cajueiro é uma planta típica do norte e do nordeste do Brasil e pouca gente conhece todas as suas propriedades. Além de frutos deliciosos, ela é rica em propriedades medicinais e suas diversas partes podem ter efeitos diversos no organismo, dentre eles: adstringente, anti diabético, anti hemorrágico, anti-inflamatório, antirreumático, anti térmico, ulcerogênico, cáustico, diurético, laxante, purgante e vermifugo. 
O chá do cajueiro (folhas e cascas) é indicado pra curar fraqueza orgânica, debilidade muscular, regulação da glicose (anti diabético), tratamento de afecções catarrais, tosse, bronquite, escorbuto (nem sei se essa doença ainda existe, mas...), cólicas intestinais, psoríase, anti-inflamatório e anti-hemorrágico. 

Modo de usar: Colocar 30 gr de casca e folha secas em 1/2 litro de água quente. Deixar cozinhar por 10 minutos e descansar por mais 10 minutos abafado. Coar e tomar de 2 à 3 xícaras de chá por dia. 





Vale lembrar que todo chá possuí propriedades medicinais quando tomados com regularidade e constância. O ideal é que antes de iniciar o consumo de chás, seja do que for, é importante comunicar o médico assistente, para que o mesmo possa ver possíveis interações com a medicação já utilizada pelo paciente.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Anti social? Eu? Imagina...


Olha, não sei vocês, mas eu tenho um problema sério, com humor e com algumas manias meio perturbadas.
Eu até tento ser simpática com todos, mas não é toda hora que estou na boa com o mundo.
Sou o tipo de pessoa que passa por você na rua hoje, com sorriso largo no rosto disposta a ficar horas ali, conversando, jogando papo fora, escutando o que você tiver pra desabafar e no entanto no dia seguinte desviar o caminho, só pra não ter que te encontrar. Ou passar do seu lado e fingindo estar vendo uma estrela belíssima de brilho raro, ou caçando borboleta, só pra não ter que te cumprimentar.
Eu sou assim, fazer o quê?
Segundo o psiquiatra, isso é coisa de bipolar.
E como sou bipolar mesmo, já nem me importo mais com rótulos.
No começo eu sofria muito com isso, pois eu fazia sem perceber e quando via já tinha perdido uma amiga. Mas com o tempo eu fui percebendo que se a pessoa parou de conversar comigo por isso, foi uma escolha dela e que eu nada poderia fazer para evitar. Na verdade passei a dar graças por isso.
Percebi que elas só se afastaram mais rápido, mas que hora ou outra elas iriam fazer isso, por qualquer outro motivo.
Outro sintoma da bipolaridade são as mudanças repentinas de humor. Eu vou do amor ao ódio em segundos e sou capaz de gritar com quem quer que seja e enfrentar o mundo quando estou na fase da mania. Uma vez eu cheguei a brigar com um homem maior que eu, na porrada, pois ele estava batendo na mulher. Eu perdi o senso do perigo e fui pra cima do cara. Embolamos no chão e eu posso ter apanhado um bocado, mas mandei o babaca pro hospital. E não me arrependo!

Tem horas que eu fico obsessiva pelas coisas e tudo tem que ser muito. Esses tempos atrás entrei numa paranoia de só comer doce de abóbora. Foram dias comendo doce de abóbora igual uma louca. Comprava potes de doce e comia de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Eu acordava no meio da noite pra ir assaltar o potinho. Aliás eu amo esses doces, os laranjinhas retangulares, sequinhos por fora e bem molinhos por dentro. Na verdade nem são de abóbora (descobri recentemente que são de batata com aroma de abóbora. Me senti enganada, mas continuei comendo. rsrsrs). Mas como todo o resto essa fase também. Não é que eu tenha enjoado ou algo assim, só parei de comer todo dia e toda hora. Agora eu estou na fase do brigadeiro.

Ahhh, também tenho mania de ficar guardando comida pra depois. Eu não sou acumuladora e odeio bagunça... Só não mexa na comida do armário sem minha autorização! Principalmente se eu tiver comprado algo que eu perguntei se alguém mais em casa iria querer e todos disseram que não. Sou rainha em guardar pacotinho com pouquinho e mesmo que eu não vá usar aquilo eu gosto de saber que tenho. No caso do doce de abóbora ainda tem uns dois no armário, vai que me dá vontade de comer de novo!
Sei que é uma mania horrível, além de muito egoísta, mas não consigo mudar. Sei que beira o pecado acabar jogando comida fora por que passou do prazo por que eu fiquei com dó de comer. Tem amigos meus que falam que eu me apego com a comida e crio um vinculo de afeto. Acho que um psiquiatra qualquer iria me mandar internar por isso, mas o meu psi é gente boa. Ele não estimula o hábito, mas não fica me crucificando. Até já tomei remédio pra isso, mas como não via mudança nenhuma no meu comportamento eu acabei deixando a medicação de lado e nutrindo ainda mais essa minha loucura.
Sou do tipo de pessoa que gosta de ter comida de estoque. Mesmo morando só eu, meu filho e meu marido (isso quando ele está aqui), eu gosto de comprar tudo de muito. Eu nem gosto de comprar nada de pacote, já compro loga a saca que sei que vai ter bastante e quando está com 1/3 do total eu tenho que comprar de novo;
Tudo tem que ser de muito!
Não ligo pra roupas e como tenho uma mãe meio compulsiva pra roupas, acabo nem precisando comprar, pois ela passa pra mim todas as que ela enjoa ou que não serve mais. E eu não dou a mínima pra isso... Fiquei 4 anos sem comprar uma única peça de roupas e isso não me afetou em nada. Já mercado... Eu tenho que ir todos os dias.
Bom, acredito que a bipolaridade veio antes da fibro, mas como eu só fui diagnosticada depois dela, não sei dizer ao certo. O fato é que eu sempre fui assim.
Sempre fui de fazer amizades fáceis e perde-las com a mesma facilidade que fiz, por causa das minhas manias.
E uma outra mania que eu tenho é a de me machucar, só pra ter o que cutucar até sangrar. Eu pego a pinça de sobrancelha e fico pinicando as minhas pernas, igual uma louca. Sou doente pra fazer isso, não posso ficar 10 minutos sentada sem ter o que fazer que eu ataco as pernas. Por isso que me obrigo a passar o máximo de tempo com a cabeça ocupada, pensando em outras coisas. Mas daí eu penso demais e quando percebo estou com a fibro atacadíssima por causa do estresse.
Eu sei que isso pode parecer bem estranho, mas sou assim. E já até tentei mudar, mas não consegui, e olha que me esforcei bastante. Mas...
Por isso eu já aviso, se um dia eu passar por você na rua, caçando borboletas, não fique triste ou brava com isso. Esse é meu jeito de não ser grossa com quem não merece minha grosseria. Sinta-se privilegiado por eu querer manter a sua amizade.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Fazer o bem....

Sempre gostei muito de dor sangue, e os motivos eu não preciso nem explicar né mesmo?
Acho que além de um ato de amor ao próximo é também uma forma de me resguardar, pois nunca sei quando eu posso precisar também.
Como alguns de nós sabemos, a fibromialgia pode ser um impedimento para doar sangue, afinal tomamos muitas medicações que contra-indicam a doação.
Remédios como os antidepressivos tricíclicos e os anti convulsionantes como a pregabalina impedem a doação por no mínimo 30 dias após a suspensão do uso. E nem adianta querer ir lá doar e não comunicar o uso, pois você pode até não ser pego na mentira, mas vai prejudicar todo mundo que for receber esse sangue. E é muita gente!!! São 4 pessoas inocentes que irão receber o sangue do doador e que com certeza não estão com o organismo em condição de ter que lidar com a medicação presente no sangue recebido. Ao invés de ajudar, vai acabar atrapalhando e pode trazer consequências terríveis. Por isso, pense bem antes de ir.
Já para aqueles como eu, que abandonaram a medicação e que estão se virando como pode pra aguentar a dor, eu recomendo doar.
Vai lá!!! É de graça, não dói nada e ainda pode te dar um dia de descanso para que você possa fazer alguma coisa legal, como almoçar com um amigo, ou passear e fazer um piquinique num parque em plena terça feira ensolarada, depois da doação. Isso é possível por que toda empresa aceita até um atestado de doação por ano e você pode usar ele quando quiser (no dia que for doar, mas vc escolhe esse dia)
Se as pessoas soubessem os benefícios de doar sangue, iriam correndo aos hemocentro...
Nosso sangue é rico em ferro, que em excesso pode causar sérios danos a nossa saúde e uma ótima forma de evitar isso é com a doação regular de sangue.
Doar sangue também estimula a produção de glóbulos vermelhos e ajuda a regular o organismo.
Além disso, existem estudos que apontam a redução de peso e mesmo a diminuição no risco de câncer para quem doa.
E imagina a sensação de bem estar que vai te invadir após a doação, sabendo que ajudou outras pessoas?

Se existe um bom motivo pra doar sangue, esse bom motivo é o amor!
Amor a si mesmo e amor à alguém que você nunca conhecerá, mas que será eternamente grato à você!


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Não foi preguiça...

Oi lindas e lindos,
Não foi por preguiça que não escrevi esses dias, foi por que a coisa apertou mesmo.
Vou ter que me mudar de onde moro e com isso o nível de estresse e consequentemente de dor, foi ao espaço. Estou sem o maridão por perto e tendo que correr atrás de tudo.
É casa nova pra procurar, é caminhão de mudança (de confiança) pra alugar, é casa pra embalar, é tanta coisa que no final eu quase endoido de tanto correr.
Prometo que não abandono o blog, mas vou fazendo aos poucos, pra não surtar de vez.
Ahhh, também andei tendo uns arranca rabo num grupo com um pessoal que acha ser dono da razão e que gosta de pentelhar a vida alheia. Isso também não está facilitando muito pra mim, pois como eu disse, estresse é = dor!

Ontem passei o dia todo andando atrás de casa, mas no final, voltei pra casa atual com as chaves da casa nova na mão. Agora é só dar uma ajeitada nela, passar uma tinta branca nas paredes (não entendo por que as pessoas insistem em colocar essas cores estranhas nas paredes internas da casa). E adivinha quem vai ter que fazer isso? o/
Como a grana está curta e eu não gosto de depender de ninguém pra nada, prefiro fazer eu mesma, do que ficar esperando ou ver as coisas acontecerem de forma diversa à que eu espero!
Não, isso não é pra mim. Eu sou do tipo que põe a mão na massa e que não está nem aí pra se vai ficar com a cara suja de tinta e os cabelos pintados de parede. rsrsr

Prometo que tiro fotos pra mostrar como vai a aventura da pintura.
Bjos de luz

Experiências...

Genteeee,
ontem eu achei uma receita de sabão e quando mostrei para a Márcia Magal e a Beth Santos (duas amigas e as adm's do grupo Saúde com Kefir) , elas sugeriram testar fazer com o kefir de leite pra ver como ficava.
Como eu adoro uma boa brincadeira de cientista maluca, adorei a ideia e hoje fui pra cozinha.
Vou passar os ingredientes e depois contar o passo a passo pra facilitar a vida de vocês!
Eu dei uma mudada na formula original pra se encaixar melhor nas minhas expectativas e não é que ficou muito bom?

*************Receita:*********
1 barra de sabão de coco ou sabão neutro picado
3 colheres de sabão em pó
3 colheres de detergente
1/2 sabonete dos mais baratos picado
200 ml de água fervente
200 ml de água bem gelada
100 ml de kefir de leite gelado (tirem os grãos, pelo amor de Deus)
170 ml de vinagre

1 colher de água sanitária (opcional para meia receita)

Coloque todos os secos no liquidificador e a água fervente. Ligue e deixe bater para derreter tudo. Você vai ver que o negócio vai espumar e subir e por isso vai jogar o vinagre aos poucos. Depois que tiver bem derretidinho, acrescente a água gelada. Quanto mais gelada melhor só não use gelo. A água gelada é necessária para homogenizar mais rápido a mistura (Na primeira tentativa eu fiz só com água quente e tive que ficar levando ao frezzer depois pra poder dar a textura).
Você vai perceber que quando esfria a mistura engrossa um pouquinho. Coloque o kefir e bata mais um pouco. Eu bati por mais ou menos 10 minutos depois que coloquei o kefir. Ahhh,na primeira tentativa, como eu usei a água toda fervente, o negócio ainda estava super quente quando coloquei o kefir e eu senti como se tivesse colocando um dos meus gatinhos pra cozinhar, foi terrível a sensação, até chorei de dó. Quando testei com a água gelada, percebi que fiquei mais tranquila na hora de colocoar o kefir, pois a mistura já tava mais morninha...
Enfim, vamos continuar?
Quando estiver mais grossa a mistura e você perceber que está bem misturada, é só colocar em um pote plástico quadrado e levar a geladeira. É importante que ele fique lá até solidificar, pois no começo ele fica parecendo uma gelatina.
Eu coloquei metade num pote e a outra metade eu bati com uma colher de água sanitária. E vou falar que na hora de lavar o liquidificador eu raspei o que sobrou e coloquei no meu paninho de pia. O bichinho, que já estava pedindo lixo, ficou alvinho. Amei o resultado!


Ahhh, pra avisar: Ele fica mais molinho que o sabão normal, por isso acho que precisa ser conservado em geladeira e na hora de usar (eu ainda não testei o meu) é bom colocar num porta sabão, pro caso dele ficar pastosinho.
Deixei um pedaço fora da geladeira pra ver como se comporta e daqui a pouco vou fazer janta e vou poder testar na louça.
Roupas eu vou lavar a semana que vem e quero testar também. Pela quantidade que rendeu, se limpar bem mesmo, eu vou economizar horrores de sabão.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Tecnologias e eu

Sou péssima com tecnologias.
Nunca fiz nenhum curso de informática que fosse além do ligar e desligar o computador e por isso não estranhem se o meu blog não for o, visualmente, mais bonito dentre os que já viu.
Eu não sei nem como mexer direito e tive que pedir ajuda à uma amiga pra conseguir até mesmo criar esse aqui e chegar onde cheguei com ele. kkkkkk
Eu estou tentando melhorar, juro que estou, mas é que é tão difícil tentar aprender coisas novas. A minha cabeça não ajuda muito e por mais que eu tente, ainda assim, não é tudo que eu fixo na memória.
As vezes é mais fácil lembrar o que eu estudei a vinte anos atrás do que lembrar o que eu aprendi ontem. Será que com mais alguém aqui acontece isso, ou sou só eu mesmo.
Será que é um sintoma da fibromialgia, ou apenas uma característica minha?
Nossa, como é ruim tentar aprender coisas novas e não conseguir!!!
Afffff...