domingo, 23 de julho de 2017

Morfina

Olá queridas (os)
Faz bastante tempo que eu não venho por aqui, mas hoje tirei o dia pra dar uma atualizada.

Há algum tempo eu tinha dito que parei de tomar a medicação prescrita pra fibro, pois ela estava me fazendo mais mal do que bem, e com isso a minha qualidade de vida tinha ido pro ralo.
Quando parei com a pregabalina, velija e a ciclobenzaprina achei que as dores iriam piorar muito, que eu não ia aguentar e que as coisas iam ser feias. E nos primeiros dias eu realmente sofri bastante (principalmente por causa da síndrome da abstinência, pois parei com eles de uma vez só), mas depois de uns 15 dias mais ou menos, aguentando firme e com o propósito de não tomar mais nada, eu percebi que a dor que eu sentia era a mesma que sentia com os remédios. Só que com os remédios eu tinha dores de cabeça, náusea, dores de estomago, muita sonolência e sensibilidade à luz. Além de não sentir vontade de sair do quarto e conversar com ninguém.
Pois bem, depois que parei com a medicação, muita coisa melhorou, muita coisa mudou e eu comecei a duvidar da eficacia dessas drogas que enfiam na gente.
Nessa época eu procurei a médica do posto perto de casa e pedi que ela prescrevesse um remédio que me ajudasse a aliviar dores fortes e que eu pudesse tomar só quando a dor estivesse fora de controle. O que ela prescreveu foi a codeína associada com o paracetamol. Já nas primeiras vezes que tomei, percebi que não fazia efeito nenhum, e a vontade de ir pro PS tomar a dolantina era gigante.
Continuei tomando quando as dores apertavam, mas sem sucesso. O que eu fazia era me enfiar debaixo do chuveiro e ficar quietinha lá, deixando a água quente cair, pra aliviar um pouco e cama quente.
Depois de um tempo a médica resolveu tentar a morfina, afinal, segundo ela, seria mais forte e com certeza teria resultado.
Comprei a morfina, uma caixinha com 50 unidades, que me custou R$33,00 (10MG) e quando a dor apertou tomei. Puta que me pariu! Como passei mal! Muita náusea, muita sensibilidade a luz, vertigem e coceira. Parecia que eu estava com sarna, de tanto que coçava. Mal conseguia ficar de olhos abertos e para quem mora sozinha com uma criança de 6 anos isso é terrível.
Mas como dizia minha avó, o que não tem remédio, remediado está!
E continuei tomando, pois senti algum alivio das dores (apesar de não ter tirado toda dor, aliviou um pouco). Depois de dois dias tomando a morfina, os efeitos colaterais começaram a diminuir, ficando só a coceira sem fim. Tomei por 5 dias, enquanto estava com muita dor. Foram cinco dias de sofrimento sem limites, tendo que aguentar a dor e cuidar do meu filho, que sempre muito compreensivo me ajudava no que podia. Passou a semana comendo maçã, banana e miojo quando eu conseguia fazer e não reclamou nenhuma vez. Parei de tomar o remédio quando a crise foi embora e adivinhem? A abstinência veio forte! Cinco dias apenas e o organismo já estava viciando.
Como pode um remédio causar tanta dependência assim?
De vez em quando, quando a dor chega forte eu ainda tomo a morfina, e depois de algumas vezes tomando, os efeitos colaterais diminuíram muito. Agora a dor ameniza um pouco sempre que eu tomo. Mas a coceira é sempre presente!  A coceira é insuportável e eu penso 10 vezes antes de tomar por causa disso.


Casa nova, de novo!

Lembra quando eu disse que nunca mais me mudaria de novo, a menos que fosse pra minha casa própria? Pois é...
Ainda não foi dessa vez!
Mas eu me mudei de onde estava, por causa dos vizinhos escandalosos e por causa dos escorpiões que começaram a aparecer dentro da outra casa e que me roubavam ainda mais a paz de espirito. 
Quem tem fibro já sofre o suficiente com as dores pra ter que ficar se preocupando com animais peçonhentos ou ter que ficar aturando vizinho dando barraco ou com som alto.
E com isso, eu acabei mudando de novo. Pelo menos agora eu estou numa vizinhança mais calma e o melhor, uma região com menor incidência de escorpiões. E isso já é uma grande vantagem.
Mas vou dizer que apesar de fazer 15 dias que me mudei, ainda tenho muita bagunça aqui em casa. Tem caixa que eu ainda nem abri, e que vai ficar sem abrir por mais uns dias ainda, pois estou só o pó! kkkk
Mudança arrasa com a gente e pra recuperar vai levar uns diazinhos ainda.
Mas vamos levando como dá. Vamos deixando algumas coisas pra lá e fazendo só as mais importantes, pois a minha saúde é o que importa. 
Se eu morrer a casa vai ficar aqui, do jeito que estiver e ninguém vai nem se preocupar com isso. Então, por que é que é que eu vou me preocupar? 
Nós temos que pensar primeiro em nós mesmos, para depois poder pensar no resto, pois se não estamos bem, nada ao nosso redor vai estar. 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Ausente de mim mesma.

Ando bem ausente de tudo. Deixei muita coisa de lado esses últimos dias.
A dor, o cansaço, a falta de ânimo e aquela tristezinha lá do fundo da alma têm sido minhas companheiras nesses dias que estou longe do blog e tudo o que eu faço é como uma obrigação, um fardo pesado.
Os cursos que faço e a faculdade também têm exigido demais de mim e honestamente eu meio que desisti de um curso que eu estava super animada pra fazer no inicio, mas que agora está me parecendo mais com uma sessão de tortura diária.
Pior de tudo é a cobrança dos amigos e familiares com relação a tudo que eu faço. Toda hora tem alguém me dizendo o que eu tenho que fazer ou deixar de fazer e isso me irrita demais.
Outra coisa que parece que resolveu desandar foi o clima aqui...
Gente, eu moro no sudeste da Bahia e aqui é sempre muito quente, mas parece que esse ano as coisas resolveram mudar um pouco. Tem feito muito frio aqui e com o frio as dores aumentaram muito... ninguém merece!
Mas eu estou resistindo firme, do jeito que posso e que consigo. Aumentei o consumo de chás, principalmente o de gengibre e o de valeriana. Não estou mais surtando com limpeza de casa, embora eu tente manter ela, pelo menos, habitável. Nem vou contar que eu passei quase um mês sem lavar roupas e que só lavei porque meu filho não tinha mais nenhum shorts pra colocar. Aliás, essa mesma roupa que ainda está no varal, embora faça dois dias que secou.
Enfim, a minha ausência é geral, não apenas aqui.
Mas eu prometo que não vou sumir de vez, embora eu ache que ninguém anda mesmo lendo isso daqui.


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Dia de enfrentamento a Fibromialgia!

Bom dia meninas!
Hoje é o dia do enfrentamento a fibromialgia.
Como vocês já devem saber, eu sou portadora da síndrome e estou aqui pra conversar um pouquinho sobre isso com vocês.
Pra quem não conhece, a fibromialgia é uma síndrome crônica, que causa muita dor no corpo todo. Essa dor pode ser difusa ou em pontos específicos, pode ser latejante ou constante, pode ser em menor ou maior intensidade. Essa dor assume as mais diversas formas e percorre o corpo todo. A fibro, como é “carinhosamente” chamada pelos portadores, carrega junto com ela outros tantos sintomas: dores de cabeça, dormência nas mãos, distúrbios do sono, palpitações, dificuldades cognitivas, perda de memória, depressão, ansiedade, distúrbios digestivos, entre tantas outras coisas que vem junto.
É uma doença que rouba nossos melhores momentos. Imagine você estar recebendo um carinho e invés de prazer sentir dor? Imagine sentir muita vontade de comer aquele prato maravilhoso e passar muito mal só de sentir o cheiro da comida que tanto queríamos? Imagine não conseguir sair da cama, mesmo querendo muito fazer determinada coisa?
Isso é a fibro! Essa é a nossa rotina. É assim que vivemos...
Já vi muitas amigas que não aguentaram as dores e a pressão psicológica, que acaba sendo imposta sobre nós, e que acabaram tirando a vida por causa da doença.  Eu mesma já tentei...
Mas no final percebi que talvez isso não seja o melhor, e resolvi que iria levar na brincadeira e na palhaçada. Mas não se enganem, não é por que eu estou tentando rir que eu não esteja sentindo dor. E assim como eu, tem muitos por ai tentando se erguer e viver com a síndrome.

Então se você conhece alguém que sofra com a fibromialgia, chega de julgar! Chega de falar do que não conhece. Chega de impor rótulos ou tentar encaixar essas pessoas em padrões que você ache ser o certo. Acolha! Muitas vezes só o que precisamos é um pouquinho de empatia e mais nada.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Fibromialgia do jeito certo...

Não é raro vermos pessoas com fibromialgia olharem para outra pessoa com fibromialgia e dizer: "Você não tem fibromialgia, se tivesse ficaria reclamando igual eu...", ou, "Se você tivesse fibro mesmo, ia ver o que é dor, não ia ficar por aí assim...", ou ainda, "Ah, com certeza o médico errou o seu diagnóstico, pois quem tem fibro sofre tanto que não consegue brincar, fazer piada ou ter alegria de viver com a situação..."
Já ouvi essas afirmações acima muitas vezes, de pessoas que sofrem como eu. A diferença entre eu e elas é que eu decidi que não levaria a vida tão a ferro e fogo, resolvi que não é minha condição que determina o meu estado de espirito, e sim o contrário.
Se hoje eu não tenho condição de levantar por que a dor é excruciante, ótimo! Invés de trabalhar igual uma louca, vou ficar deitada aqui e quem sabe mais tarde eu coloque minha leitura em dia?
A fadiga me venceu e não estou conseguindo fazer faxina? Não tem problema! Não vou morrer por que a casa está suja ou bagunçada.
Acabou o dinheiro do remédio? Que pena, vou usar esses R$5,00 que ficou aqui e comprar aquela barra de chocolate mara que vai dar um pouquinho de prazer!
A vida é feita de escolhas, e eu escolhi que não vou me entregar para a fibromialgia, pois sou mais forte que ela!
Se um dia ela me roubar a alegria de viver, então não faz mais sentido viver! Não faz mais sentido continuar lutando!
Sabe, eu acredito que cada um tenha o direito de escolher como quer viver. Cada paciente pode escolher se quer se entregar e viver com fibromialgia, ou se quer lutar e estar com fibromialgia. E eu não aceito que tentem me arrastar para o mesmo estado mental de vitimismo e sofrimento irrefreado.
Eu sou solar, eu sou vida, sou guerreira. Tenho meus maus momentos? Claro que sim! Não sou de ferro!
Mas sei que ninguém quer saber do meu sofrimento, pois cada um já tem os seus. Tento conviver com os meus da melhor forma possível e por isso nos damos bem. A fibro é uma visitante indesejada, mas que como qualquer visitante que aqui chegar, será tratada com o respeito que merece e com a atenção que precise, nem mais nem menos.
Não quero que todo mundo siga meu modelo de ser, não tenho pretensão de ser exemplo de ninguém e tão pouco acredito que eu possa mudar as pessoas. Esse é o meu jeito de lidar com a síndrome.
Se alguém se inspirar e quiser seguir comigo, será super bem vindo. E pode contar comigo pro que precisar.
Para todo o resto, desejo melhoras sinceras e força pra continuar remando contra a maré!

Tudo posso na comida que me fortalece!

Eu já falei aqui que adoro comer porcarias e que não me vejo sem um pãozinho (cheio de glúten) ou um bom brigadeiro, ou qualquer outra dessas coisas que cansamos de ver por aí que nos faz extremamente mal.
Sou da opinião de que já sofro o suficiente com as dores, para ainda ter que me privar das coisas que eu gosto de comer.
Lógico que não dá pra viver de pão e chocolate,  e por isso eu descobri que o segredo do sucesso é o equilíbrio.
Um grão que tem me ajudado bastante nessa minha filosofia do tudo posso na comida que me fortalece, é a chia.
Depois que passei a salpicar a comida com pelo menos uma colher de sobremesa de chia, eu percebi que minhas idas ao banheiro se tornaram bem mais tranquilas. Outra coisa que me fez bem desde que comecei a comer é a granola (dessas de pacotinho vendidas no mercado). Além de ser um lanchinho gostoso, ainda nos ajuda a reduzir a ansiedade alimentar, e como eu como ela pura, como se fosse um snack, acabo que sinto menos fome, pois ela exige um esforcinho maior para mastigar.
Como todos nós sabemos, alguns remédios podem nos deixar inchadas, acima do peso e fazer com que nossa auto-estima desça pelo ralo. Mas se a gente conseguir agregar valor nutricional as coisas gostosas, podemos comer sem a culpa de acreditar que aquele alimento será o responsável pelos quilinhos à mais no final do mês.
Por isso eu resolvi postar aqui alguns alimentos que além de deliciosos são muito benéficos pra saúde e que podem nos ajudar muito nos momentos de desejo por coisas diferentes. Ahhhh, e esquece aquela mania que temos de só comer coisas diferentes nos finais de semana ou em ocasiões especiais. Comida não é recompensa e essa visão errada da comida é que acaba causando frustrações e nos leva a comer mais do que gostaríamos.
Vamos lá?


Bananada de chocolate

6 bananas nanica bem maduras
2 colheres de chocolate em pó (50% cacau)
1 colher de sopa rasade açúcar.

Leve as bananas descascadas e picadas com o açúcar ao fogo. Deixe cozinhar bem, até que vire uma pasta homogênea e que esteja com ponto de brigadeiro (quando você passa a colher e vê o fundinho da panela). Acrescente o chocolate e continue mexendo com o fogo baixo por mais um minuto ou dois. Desligue o fogo, transfira a massa para um prato untado e deixe esfriar por pelo menos 4 horas.
Faça bolinhas como brigadeiro e passe no chocolate em pó.
Fica um brigadeiro maravilhoso!!! Vale a pena ter na geladeira para as horas de loucura!


Compota de maçã e canela.

3 maçãs fuji médias sem casca cortadas em cubinhos pequenos
1 colher de sopa de suco de limão
2 colheres de açúcar
canela em pó ( à gosto)

Leve todos os ingredientes ao fogo e vá pingando água aos poucos para ajudar no cozimento. A maçã pode demorar um pouquinho pra ficar bem macia, mas não vai se desmanchar completamente a menos que você passe pelo liquidificador (eu prefiro bem pedaçuda). Para ficar bem cremoso você pode amassar alguns pedaços com o garfo e colocar uma colher de chá de maisena em três dedos de água, acrescentar a panela e deixar engrossar.
Essa compota eu coloco dentro da massa de pastel de forno e como no lanche. A maçã é uma fruta excelente e por seu sabor doce pode substituir os doces industrializados
*Para as viciadas na torta de maçã do Mc é só passar a massa do pastel de forno pela clara de ovo batida ou trocar a massa de pastel por massa folhada e fritar. Fica muito parecida e você come o quanto quiser.







quinta-feira, 20 de abril de 2017

O médico e eu

Só quem tem a fibromialgia sabe o quanto é excruciante ter que ficar indo e vindo de médicos e mais médicos até descobrir o que de fato temos.
Nesse caminho, muitas vezes nos deparamos com médicos péssimos, que nos tratam como se não passássemos de objetos de lucro, ou pior, como se fossemos seres loucos que querem chamar atenção.
Poucos são aqueles que de fato compreendem o nosso quadro e que nos tratam com humanidade e respeito. E é tão bom quando isso acontece!
Eu conheço os dois lados da moeda: De quem já teve convênio e de quem depende do SUS e posso afirmar que de ambos os lados a situação é a mesma. A única vantagem de se ter o convênio é ter mais liberdade para escolher o profissional que queremos que nos atenda, enquanto no SUS somos meio que "obrigados" a aceitar o que tem. E isso é o que o SUS pode ter de pior no que diz respeito ao nosso caso. As longas filas de espera do SUS também é um outro problema que merece destaque.
Aqui onde moro, uma consulta com especialista pode demorar até 1 ano pra acontecer, dependendo da especialidade e da disponibilidade do médico.
O reumatologista com quem eu passava mesmo demorava horrores... Foram longos meses de espera por uma consulta com um médico grosseiro e sem o menor tato. Consulta essa que não deu resultado nenhum, afinal eu já tinha o diagnóstico, e precisava apenas da renovação das minhas receitas, que ele não apenas não fez, como ainda deixou bem claro que ele não receitaria aquelas medicações pois ele não "gostava" delas. Ele simplesmente ignorou o fato de que eu usava elas e me dava bem, além de ter deixado bem claro pra ele que as que ele havia anotado na receita não tinham surtido efeitos positivos e ainda tinham causado sérios efeitos colaterais, super desagradáveis. E eu fui obrigada a ir embora pra casa sem medicação e com a afirmação de que ele é que era o médico e que eu não tinha conhecimento suficiente pra definir qual seria o melhor tratamento pra mim.
Em contra partida, o psiquiatra do SUS, um homem muito gentil e educado, foi de uma simpatia e generosidade sem tamanho, já logo na primeira consulta, sendo o oposto do meu psiquiatra do convênio, que era um homem frio e distante, que não se importava nem um pouco com o paciente.
O médico do SUS não só renovou as minhas receitas, como ainda me incentivou a buscar essas medicações de forma gratuita, fornecendo laudos médicos para que eu pudesse estar solicitando a medicação de alto custo junto a prefeitura de onde eu moro. As consultas com o Doc C (como eu o apelidei) não demoram menos do que 15 minutos e ele, todos os meses, pergunta como estou, como vai a família, se estou tendo resultado com a medicação, se quero mudar alguma coisa, se consegui pegar o remédio aquele mês, se disponho de recursos para comprar os do mês seguinte, entre tantas outras perguntas e gentilezas.
Nem preciso dizer que nunca mais voltei no reumatologista, não é mesmo?
A verdade é que precisamos ter um médico em quem confiar e com quem contar, afinal, muitas vezes nossa rotina inclui visitas tão frequentes ao consultório, que ali acaba fazendo parte da nossa rotina, e se temos no médico muito mais do que apenas o tratador, conseguimos melhor resposta do tratamento, afinal, temos a liberdade de conversar e mostrar o que nos incomoda, o que não dá certo, o que resolve. Quando formamos essa parceria, tudo melhora e até a nossa disposição para seguir com o tratamento aumenta.
Eu que tinha problemas sérios pra lembrar de tomar a medicação, me vejo hoje tomando tudo certinho, sabendo que posso confiar naquilo que meu médico prescreveu. Hoje ele me incentiva a fazer um diário onde anoto minha rotina, onde marco a medicação que tomei naquele dia, e quais os sintomas e sensações que tive, anoto minhas reações a medicação e também no que ela ajudou naquele dia, e o melhor de tudo é que ele lê o que foi escrito ali, ele presta atenção ao que estou contanto naquele caderno e usa como apoio para o meu tratamento. Depois disso, nunca mais esqueci de tomar uma dose da medicação.
Talvez eu tenha tido sorte, não sei. No convênio nunca tive o tratamento que o Doc C dispensa aos seus pacientes (todos eles) e o mais próximo que cheguei disso foi com um nefrologista que me atendia a cada seis meses, por que a agenda era extremamente cheia.  O tempo de espera hoje, pra conseguir um horário com o Doc é de mais de um ano, mas depois que vc passa a primeira vez, dependendo do caso ele mesmo remarca a consulta para 30 dias depois, só pra não correr o risco da central de marcação te dar canseira por mais uns 3 meses.
Ele não sai da sala por nada e só para de atender quando o ultimo paciente foi embora.
Sei que pelo Brasil existem outros muitos médicos como ele, e desejo que todos vocês possam encontrar alguém que ame tanto a profissão, à ponto de se dedicar de corpo e alma na recuperação de seus pacientes.